sábado, 17 de fevereiro de 2024

Idade de Ouro do cinema americano

A Idade de Ouro do cinema americano refere-se aos filmes de Hollywood produzidos durante os anos 20 aos anos 60 nos Estados Unidos. Durante, nesse tempo, os filmes musicais, do gênero bastante conhecido na época, os estúdios como a MGM, a Warner Bros., a 20th Century Fox, a RKO e a Paramount, além dos estúdios da Disney, permaneceram-se na produção e distribuição nacional e internacional dessas longas-metragens.

Durante as décadas de 1930 e de 1940, o cinema americano viveu na sua chamada "Idade de Ouro". O país recuperava-se da Grande Depressão, causada pela primeira grande crise do capitalismo, e o cinema era uma forma de incentivo para a reconstituição moral da população.

Muitos espectadores afirmam que a maior década do cinema é a década de 1920, pois foi caracterizado pelo início do cinema com fala, que causou uma mudança nos hábitos daqueles que participaram e faziam o cinema. Foi nesta década que tornou-se o chamado estilo de vida americana, onde surgiram os atores como o Charlie Chaplin e o estúdio da Metro-Goldwyn-Mayer.

O cinema de animação também aproveitou-se desse artifício para atrair a atenção do público para as obras animadas. Em 1928, o Walt Disney lançou o "Steamboat Willie", a curta-metragem animada com a melhor sincronização entre o som e a imagem do tempo. E é exatamente a partir do ano de 1928 que iniciou-se a chamada "Idade de Ouro da Animação". E foi percebido, que num tempo de doze anos (de 1928 até 1940), que o cinema de animação ganhou o reconhecimento que devido ao seu desenvolvimento técnico e artístico, e que estabeleceu-se como a arte cinematográfica.

E ocorreu a fundação da International Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que depois transformou-se na moderna Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que realizou anualmente ao prémio do Óscar; e originalmente contava com 36 membros fundadores e teve nestas décadas os seus dois primeiros presidentes: o Douglas Fairbanks e o William C. deMille.

Naquele tempo surgiu a empresa Technicolor, a lançar um tipo de filme que filmava em 3 cores, juntamente com uma câmara de 3 elementos, a dar o maior realismo às produções nos ecrãs. "Branca de Neve e os Sete Anões" foi o primeiro desenho animado colorido e produzido neste sistema. E o primeiro filme em Technicolor lançado comercialmente foi "A Feira da Vaidade" (em inglês: "Becky Sharp") (1935), de Rouben Mamoulian.

E na década de 1950, onde os musicais de Hollywood chegaram ao seu máximo, com o lançamento de um dos filmes mais lembrados e comentados de todos os tempos, o clássico do cinema "Serenata à Chuva" (em inglês: "Singin' in the Rain") (1952), onde o Stanley Donen e o Gene Kelly conseguiram fazer a conquista de juntar todas as características do cinema musical das décadas anteriores e a realizar uma espécie de síntese de toda a essência do género. E tornou-se, anos depois, o filme mais conhecido desse género, e foi considerado por muitos como a maior obra-prima do estilo.

O Elvis Presley foi uma outra estrela que destacou-se durante essa década, e ele foi considerado por muito o pioneiro dos cantores do grupo de rock and roll.

Em 1960, o Alfred Hitchcock lançou um dos filmes mais aclamados da década de 1960 e, discutivelmente, o melhor da sua carreira: "Psico" (em inglês: "Psycho").

Outros clássicos desse tempo foi "Cleópatra" (de 1963), protagonizada por Elizabeth Taylor. O filme quase levou a 20th Century Fox à falência. Ganhador de quatro Óscars – realização de arte, fotografia, fatos de roupas e efeitos especiais – e indicado a outros cinco – ator (o Rex Harrison), a montagem, a trilha sonora original, o som e o melhor filme – o filme apresentou um orçamento de US$ 44 milhões, e equivalentes à cerca de US$ 330 milhões na atualidade. No final, a arrecadação na bilheteria mundial foi de US$ 71 milhões. Pelo contrato com a Elizabeth Taylor, a Fox tornou-se o primeiro estúdio a assinar um contrato de US$ 1 milhão com uma estrela de Hollywood.


O Clark Gable e a Vivien Leigh numa
fotografia publicitária do filme clássico
"E Tudo o Vento Levou" (de 1939).

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Charlie Chaplin


A Judy Garland como a Dorothy Gale
no filme "O Feiticeiro de Oz" (de 1939).


O Walt Disney a apresentar um dos Sete Anões no trailer
original do filme animado "Branca de Neve e os Sete Anões"
(de 1937).


A Carmen Miranda no filme
"The Gang's All Here" (de 1943).


A Marilyn Monroe na atuação de Diamonds Are a Girl's Best
Friend no filme "Os Homens Preferem as Loiras" (de 1953).


A Julie Andrews no trailer da "Mary Poppins"
(de 1964).


O Rex Harrison e a Elizabeth Taylor numa cena
do filme "Cleópatra" (de 1963).

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