sábado, 27 de novembro de 2021

Herbert Richers

O Herbert Richers (Araraquara, 11 de março de 1923 — Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009) foi um produtor de cinema e um empresário brasileiro. Radicado no Rio de Janeiro desde 1942, ele fundou oito anos mais tarde a empresa homonímia da Herbert Richers S.A., que começou no ramo de distribuição de filmes e depois tornou-se o estúdio principal da dobragem do Brasil.
Ele nasceu em Araraquara, São Paulo, filho de Guilherme Richers e da Maria Luísa Wulfes, o Herbert Richers mudou-se para o Rio de Janeiro na década dos anos 40 para cursar a faculdade de engenharia. Para complementar a sua renda, ele começou a trabalhar como um fotógrafo num estúdio de cinema, e isso levou-o em 1946 a conhecer o Walt Disney, que veio gravar um documentário na cidade e contratou o Richers como um cinegrafista. E logo tornou-se o amigo do Disney, e passou muitas vezes a ir visitar os seus estúdios em Los Angeles, a tornar-se a inspirá-lo também num produtor de cinema no Brasil. Ele inicialmente colaborou com a Atlântida Cinematográfica antes de fundar o seu estúdio, a Herbert Richers S.A., no bairro da Usina, zona Norte do Rio de Janeiro, onde passou, além de produzir, e fazer distribuições de filmes para serem exibidos nos cinemas.
A ter conhecido o sistema da dobragem em Hollywood, ele decidiu utilizar a maneira de gravar o áudio na pós-produção primeiro para contornar as limitações técnicas da captação de som brasileira, com as produções como Sai de Baixo (1956) a ter todos os seus diálogos dobrados. E logo esse conhecimento passou a ser aplicado nos filmes exibidos na televisão, a resolver o grande problema das legendas, quase ilegíveis para a tecnologia da época.
Ele era casado com a designer de joias, a Cookie Richers, com quem teve 3 filhos: o Herbert Jr., o Ronaldo e a Celina.
Ele morreu no Rio de Janeiro, na Clínica São Vicente, na Gávea, no dia 20 de novembro de 2009, aos 86 anos, num resultado de um problema renal.
Depois do Herbert Richers ter morrido, o estúdio encerrou as suas atividades e o prédio foi vendido para um grupo de empresários por R$ 1,7 milhão. Com o aumento de concorrentes noutras cidades que ofereciam trabalhos com preços menores, o estúdio teve o seu rendimento radicalmente reduzido. E houve tentativas de vender os equipamentos para livrar-se de várias dívidas, mas estas foram ineficientes, com o estúdio a fechar as portas a dever mais de R$ 8 milhões com muitos trabalhadores. No dia 2 de novembro de 2012, o prédio foi atingido por um incêndio.

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